quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mudanças

Como fazer de atos tão espontâneos, as mais calculadas e minuciosamente pensadas e feitas atitudes de racionalidade aguçada e madura o suficiente para se mostrar forte e imprescindível? Como fazer das minhas palavras pobres, imperativas humildes expressões?
Impossível! Se for assim, que ainda seja invejada minha pobre felicidade que se eleva em cada ponto forte de expressão, em cada momento pequeno mas suficiente para que com uma risada tudo se resolva, se melhore, se transforme...
Não venha dizer, com palavras sutis e choro preso na garganta, que minha felicidade te incomoda, te machuca, te irrita... Não venha tentar abafar o riso que precede em minhas frases filosoficamente inventadas, espontâneas...
Não sou madura o suficiente para aceitar o fato de que tenho que mudar...!

domingo, 23 de novembro de 2008

Carência

... Perdi o raciocínio lógico da situação.
O qual eu tive controle quando
Não me pertencia à responsabilidade do ultimo passo.

E sem essa ideologia, ofusquei meus olhos;
Perdi meu ritmo, o fôlego, os sentidos,
E não me restou mais do que passagens.

Por aqui passa o desespero
De não saber por onde trilha
A vida que trilha o mundo;

Por aqui passa a dor dos outros,
A minha, a de qualquer outro ser sentimental,
Desconhecendo sua verdadeira razão;

Enfim, por aqui passa a desilusão
Abrindo caminhos para o desamparo,
Desespero, desamor, deslealdade... Carência!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Florescer!

[Para: Nayara Martins]



Aos pés descalços que trajetam
Rumo a minha vida singela,
Agradeço, com quase sem rimas
Por a vida ficar mais bela.

Aos momentos difíceis
Que tive para segurar uma mão,
Abro um sorriso em meu rosto
E digo que cada momento não me foi em vão!

E, por cada risada que dei
Por palavras poucas e piadas escassas,
Ainda essas me fazem amar você,
E cada uma de suas palavras!

Ainda que perdida por esse
Mundo que me afoga,
Gosto de me ver perdida
Nos seus olhos que me afaga!

sábado, 8 de novembro de 2008

Perto do distante

Quero caminhar sem ter que optar
pela dolorosa decisão de optar!
Encurralei-me entre meus atos e
o que eu penso deles refletidos em outros.

Quero a alegria de ser alegre
nas boas temporadas de cada estrada,
E viver em cada uma apenas
quando não houver por lá desencadeamento de realidade!

Fujo, pois não quero sentir a dor da perda
e nem a culpa da vitória estampada em meu sorriso!
Perco-me sem crer que perdida
Vou a tão mais longe, do que quando não ando!

Não quero romper a beleza do distante,
nem quero trazer para perto a distância que não há!
Quero trazer para perto o alívio da angustia,
e a distância que simplesmente não há!

domingo, 7 de setembro de 2008

Venha!

Venha, meu amor, vamos dançar!
Quero te mostrar o céu, quero cair no mar!
Venha, meu amor, que a vida não tem pressa!
Quero estar contigo, até que o mundo nos esqueça!
Venha, meu amor, cantar alegremente!
Sorrir o riso, e viver intensamente!

Deixe que os sonhos falem mais alto,
Deixe que a minha música conduza nossa dança,
Deixe que diga alto a esperança,
Deixe que o tempo nos reluza,
Deixe que eu assista o dia clarear, em seus olhos,
E que todo o resto simplesmente nos deixe!

Venha, meu amor, não quero vê-lo sofrer!
Quero apenas ver o sorriso no seu rosto florescer!
Não sigo o caminho em busca de um tom único de agonia!
Quero apenas ver nossos sonhos se transformar em nossa alegria!
E que a vida seja mais uma fantasia...

Ouça meu amor, eu não tenho pressa,
À distância já não me interessa.
Pois sei que o amor que sonhei
Encontrei em você.
Deixe meu amor, que te aguardam aqui os meus braços,
Assim perderemos-nos em abraços!

Deixe que meus sonhos de criança
Evidencie a minha pequena esperança
De um mundo bem melhor!
Não deixe que os meus sonhos sejam esquecidos,
Venha cantar comigo
A arte de viver!

... Não deixe esse meu sonho morrer!
Não deixe que o amor caia por terra!
Venha me abraçar, meu braços o espera!
E tudo será melhor!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Às ruas!

Caminho pelas ruas com a leveza de uma criança privada da realidade social, e com a frieza de um assassino que escondo atrás de um leve sorriso que trinca a sensação gelada de “ser”.
E desse modo sutil e fingido, arranco sorrisos de estranhos, cumprimentos de culpados, elogios de desocupados, e, raramente, um balançar de cabeça, um movimento leve com a mão ou um sorriso rápido e amarelado de apressados que compartilham comigo o espaço publico de nome rua!
Mas na verdade, nenhuma dessas pessoas que passam por mim, e me encaram, ou que riem de mim, sabem realmente quem sou e o perigo que causo ao mundo... Sou incalculável, sou fria, sou má, afinal, sou humana! Não dá para sentirem ao me verem, o meu palpitar pela realidade de um sorriso de comercial, ou pelo um momento que pode ser único e inesquecível!
... Agora que já esqueci dos meus momentos inesquecíveis, e dos meus amores eternos, e que o brilho dos olhos dos meus amados se ofuscaram posso dizer que tudo é falso. Até que o rio de lágrimas que chorei para esquecer funcionou bem, pois já nem me lembro mais deles!
... Pois bem, meu caro pedestre leitor, quanto tempo durou o seu amor eterno? Quantas das milhares de lágrimas ditas choradas foram reais em toda essa história de amor invisível? Quantos dos sonhos se realizaram?
Tomando por conta que sonhos são ideais, e ideais são tanto para uma tão medíocre realidade!
Olha como é bonito o cair do padrão de vida, e o quebrar da rotina... Isso porque você ainda não viu como é gratificante aos olhos e a alma ver destroçar as regras impostas e seguidas, e poder então levantar a cabeça e seguir em frente com a leveza de uma criança privada da realidade social...

quinta-feira, 31 de julho de 2008

O que é perfeito?

Perfeito é assistir o pôr-do-sol refletido nos seus olhos, e deitar a cabeça no seu colo e pensar que a noite é nossa. Ver a noite cair presa e perdida nos seus braços e abraços que me aconchegam fazendo com que o meu mundo gire devagar!
Perfeito é acordar com um beijo seu e sentir sua mão segurar a minha como se nada mais importasse, como se não tivesse mais nada em volta da impermeabilidade do nosso sorriso que surge logo após besteiras ditas pra relaxar!
Perfeito é como o meu dia fica quando você consegue se fazer presente mesmo tão longe, e consegue se fazer especial com um único modo gentil e doce de falar! Inesquecível, no sentido real da palavra, no sentido perfeito, lembro de você quando respiro e quando sinto o meu coração bater!
Perfeito é olhar a luz que vem dos seus olhos iluminando o meu caminho, e seguir perfeitamente os traços deixados no chão diretos aos seus braços que me fazem perder-me de mim, e acompanhá-lo vivamente, incrivelmente, unicamente e pra sempre!
Perfeito é não pensar mais em nada... É olhar as nuvens... É sentir o vento... É seguir seus passos... É amá-lo como se tudo simplesmente fosse perfeito!

domingo, 27 de julho de 2008

Liberdade parelela

Ainda estou acordada tentando decidir o que fazer com a vida, que caminha tão sem pressa até lugar algum! Ainda posso ouvir o som do vento batendo no coqueiro, chacoalhando as folhas, que assim se entrelaçam e sonoramente se abraçam...
Não estou muito bem, dormi a tarde toda por conseqüência daquela garrafa vazia de vodka que está logo ali no canto, deitada como se fosse o fim da guerra dela comigo, lutando contra minha súbita vontade de esvaziá-la. E olha como ela está agora, rendida e morta sobre o chão!
Nesse quarto iluminado por essa lâmpada de segunda comprada no mercadinho da esquina, que freqüentemente falha, sinto-me presa... Mas não presa a essas paredes que suportam o teto e tira o meu ar, nem a minha vontade louca de jogar tudo ao vento e vê-lo cair pelo chão para poder caminhar sobre os destroços da vida! Mas presa ao meu louco medo de ser julgada pelos olhos famintos por superioridade das pessoas, em cada erro que insisto em cometer!
E aqui, pensando nessa irônica vida que insiste em nos levar pelo caminho mais descontente, tento entender o porque das pessoas se esquivarem tanto de sofrer, se sofrer é resultado da tristeza, e a tristeza é a mais singela conseqüência da alegria, assim como morrer é o triste resultado da vida!
... Minha cabeça dói, minhas mãos tremem! Preciso urgentemente de “algo errado” para retomar minhas forças; fugir as regras; burlar as leis; julgar os reis; rir da democracia; andar nua pelas ruas da cidade; e por fim, passar a eternidade rindo com meu riso e tomando acerto com a minha consciência!
Agora... Acho que perdi minhas falas, esqueci meu texto, enlouqueci meus sonhos, e fiquei sem reação frente ao mundo que bate na minha porta pra dizer “Boa noite”! E fora isso, ouça... O silêncio... Vê? É nele que sonho viver!
Vivo o tempo perdido do futuro, e a cada minuto passado à desgraça de não ter cumprido com as minhas palavras vãs e cheias de esperanças, prometidas a mim mesma por algo melhor!
E hoje escrevo! Como se fosse o meu maior refugio da solidão encontrada no meu quarto solitário, preso entre o chão e o teto; e escrevo como se fosse ser reconhecida pelas besteiras escritas em um pedaço de papel que perderei futuramente. E hoje eu escrevo por ser a melhor forma que encontrei para viver...
E vivo assim como escrevo, faltando nexo em cada parágrafo, sem justificativa para cada dia e sem verdade para cada sonho!
Afinal, essa sou eu! Ninguém no mundo de insanos que procuram um pouco de sensatez!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O quê?... Pode acontecer!

Muitas vezes a vida pode ser engraçada tanto, a tal ponto de você caminhar na rua rindo, gargalhando sozinho, assim, chamando, sem querer o fazer, a atenção dos pedestres e motoristas que passam por você. Não só por você, mas por entre varias pessoas que certamente ele nunca mais verá em sua vida ou se apaixonará por uma delas entre várias outras que ele viu passar. Tirando uma ou duas pessoas que ele conhece de vista, e mais outra que ele já teve uma “queda”, e mais aquela ali que ele já teve casa extraconjugal, e se der sorte, ainda vê aquele amor platônico que teve na adolescência.
Pronto, cheguei aonde eu queria, no amor platônico adolescente. Quem nunca teve um? Quem nunca se apaixonou pelo professor de informática bonitão, malhado que só olhava para aquela aluna mais... Digamos assim, mais... Han... Velha! Ou por aquele salva-vidas do clube onde você costumava passar as férias. Ou até por aquele vizinho mais velho, que até namorava, mas que quando passava com aquele perfume de fazer levantar vôo e seguir o agradável cheiro, igual aos desenhos animados, e te cumprimentava com aquele sorriso de comercial de pasta dente televisiva você ficava até abobada!
Amores platônicos são inevitáveis, incomparáveis e inesquecíveis! Parece besteira, você chora a noite pensando que sua vida poderia ser bem melhor com ele e todas esses “blás” adolescentes, que depois de passar um tempo você vê o quanto era besteira, e o quanto você era criança (como se você tivesse crescido MUITO)... Ou não! Ou você pode continuar com esse amor platônico e até investir nele...! O quê? Pode acontecer!
Já pensou se esse “amoreco” vira verdade? E aí? Você conquistou aquele cara... E agora? O quê? Pode acontecer...!
Bom... Eu, como boa adolescente sonhadora e idealizadora de sonhos aconselho a cuidar dos seus desejos, vai que eles viram realidade... O quê? Pode acontecer!

terça-feira, 17 de junho de 2008

Palavras desregradas de um momento inspirado!

Confesso que um pouco sem jeito, de atitudes impensadas e atos um tanto quanto tímidos, mas tendo em mim a maior felicidade consumada e adquirida dos últimos tempos. Até que enfim pude ver as cenas criadas e recriadas em minha mente produtiva, serem atuadas em tempo e espaço real, protagonizando-nos por nós mesmos! Foi muito gratificante vivenciar e sentir o papel da mocinha apaixonada presa nos braços e abraços do herói idealizado por palavras, e perfeito por ações!
A um grau superior de todo e qualquer sonho já tido, melhor do que qualquer outra sensação que já tenha pulsado em meu peito, e com uma leveza de que tudo será um eterno sonho, mesmo que esse se finalize, a alegria estampada no rosto por simplesmente tê-lo sonhado por um instante!
Temi perder a magia do ato de deitar e pensar como simplesmente seria, mas que meus temores além de terem sido vãos, foram também tolos e infantis, pois, hoje deito e penso como simplesmente foi, será e até como quando onde será!
E que minhas palavras não soem como um apelo amoroso, ou como uma eterna despedida, mas que aparente ser o que realmente é: a leveza que carrego no sorriso por poder olhar nos seus olhos e ver que esses brilhos que radiam o mundo, radiaram por um momento o meu mundo, a minha vida, o meu eu!
E mais do que nunca as tristezas adquiridas com o tempo, ficaram no tempo em que foram presenciadas, e nenhuma outra má lembrança me recorre nesse momento, e nenhum outro ser humano me importa nesse momento, e nem um outro ato que não seja aquele que o envolva me diz respeito nesse momento. E que não soem palavras vulgares, mas que demonstrem a sinceridade de um ser que sonhava e como sonhava com tal importante fato!
E que o meu final não seja tão clichê como tais outras palavras já ditas, por isso não terminarei jurando a eternidade de um sentimento, nem dizendo que “simplesmente o amo”, mas tentarei com as melhores palavras possíveis dizer que felizmente momentos podem ser inesquecíveis!

sábado, 31 de maio de 2008

Negando uma realidade!

Repeti milhares de vezes a mim mesma que “Não”! Não era certo! Não era justo! Não era pra mim! Não era para eu transformar em realidade o que sempre foi um sonho! Não era direito! Não era verdade! Não era fato...! Enfim, milhares de “Não’s” que realmente não me convenceram!

Certamente eu ouvi várias coisas, de várias pessoas, de vários modos, de variados jeitos de pensar um completamente diferente do outro! Foi quando eu parei de pensar e comecei a viver... O ato de pensar me sufocava a garganta impedindo-me de respirar, e hoje me sinto tão mais leve!

Não há problemas em errar de novo, nem cair várias vezes no mesmo buraco... Problema teria se simplesmente se nessa queda você deixasse, mesmo que sem querer, cair junto a si os sentimentos de alguém!

Afinal, quando a dor é em você, você sabe como controlar, o que fazer, como agir, a quem se apoiar, quando se recuperar, por simplesmente ser você! Quando numa queda sua, você “faz questão” de levar consigo o coração alheio para destroçarem juntos, não se sabe a reação que a pessoa terá, como ela irá suportar, o quanto ela o ama, e nem o que ela pode fazer por tal...!

Por isso, me disse vários “não’s” tentando ocultar a realidade, tentando não nos fazer sofrer! Mas, juro que guardarei seus sentimentos em uma caixa sobre um lugar não muito longe do chão, para caso vir à queda a dor não seja tão grande, e nem tão longe do céu, para que possamos voar por entre as nuvens!

domingo, 25 de maio de 2008

Rendo-me

Rendo-me a ser apenas mais uma em um mundo de tantos outros...! Rendo-me a mim mesma, a você e a todos que venham me abordar querendo trazer mais e mais problemas pra cima de meus pequenos ombros fracos, que mal agüentam a dor de viver! Rendo-me a esse sentimento que me consome, que me prende, que me laça a seu egocentrismo e ao seu gigante ato de simplesmente ser; e raiar, mandar, controlar minha alma, minha vida, meus atos, meu coração!

Desisto aqui de um mundo que queria até então fazer de base aos meus passos, ou de caminho para o meu futuro! Taco meus sonhos para o ar, e aqueles que tiverem força o suficiente para agüentar as conseqüências de lutar por tais, que peguem para si tão lindos sonhos que um dia tive como objetivos, e razão de existir! E desejo toda a sorte do mundo para aqueles que tiverem a coragem de tomar para si tão singelos sonhos e tão poucas, porém, delicadas conquistas.

Aparentemente fraca a aqueles que me olham de longe, distante, não perto. Mas eu mesma sei o quanto foi difícil, o quão grande foi minha luta comigo mesma, para não chorar, não brigar, não discutir, e deixar levar cada vão momento, cada recaída e cada crise que vivenciei... Deixo que meu choro meio que engolido, amarrado na garganta se vá, que venham as lágrimas agora, e o sorriso depois! Deixe que cada lágrima leve consigo a dor de viver, e cada sorriso faça nascer novos sonhos, não mais belos, porém mais reais!

sábado, 24 de maio de 2008

Carta a um amado!

Demorei muito tempo para amadurecer e aceitar a idéia de que te amo, por isso, peço alguns minutos do seu tempo para ler com atenção isso que me custa a escrever, e mostrar um pequeno pedaço do grande todo; do amor que sinto, demonstro, e encaro, enfrento, luto contra e perco, me entristeço, choro, e no fim acabo aceitando-o como um pedaço de mim!

Parece até meio clichê essa idéia de escrever palavras que demonstram sentimento, afinal, banalizaram tanto a palavra “Amor” que me sinto até meio sem rumo, sem verdade, ou melhor, sem conseguir dizer tudo o que eu sinto apenas com essa palavra tão variável e que deveria evitar as demais explicações!

Não há nada igual aos filmes, em mim, que quando me vejo sozinha começo a repentinamente pensar em você, com sua imagem constantemente na minha cabeça. Pensar em você é por muito menos do que isso, é por um simples ato de uma pessoa qualquer, ou um sorriso alheio, um dia de sol, um dia de chuva, um dia nublado, olhar o céu azul, o cair das folhas, o amanhecer, o desabrochar das flores, o entardecer, o escurecer, o sonhar, o andar, o correr, o ver um filme, o cantar, o ouvir uma música, o viver, o amar! Tudo isso faz de mim ser uma eterna caixa de lembranças, sensações e desejo de voltar naquele instante e torná-lo eterno!

Desde então muita coisa mudou... Ainda hoje andei pelo destroço do meu orgulho, esse orgulho meu que deixei voar com o vento que batia na janela, logo quando aceitei em mim esse novo sentimento novo, e quando o vento parou de soprar, meu orgulho que voava alto sofreu as conseqüências da gravidade, que o fez desmontar em pequenos pedaços incontáveis.

Tente me entender, agora que ando com meu orgulho ferido, e meus passos tão sem rumo, não encontro motivos suficientes para deixar-me levar mais uma vez pela angustia de viver, e pela dor de amar, por muito menos do que isso deixar-me-ei guiar pelo silêncio que tanto caminhou comigo. Já que minha pobre dignidade partiu com o tempo e junto ao orgulho que me mantinha de cabeça em pé!

Já em um tempo que vi cobrir minha razão por toda a emoção que faz lindo ou horrível cada momento. Que me faz querer viver eternamente aquele segundo, ou ir me matando dia-a-dia! São pequenos atos que me faz querer ou não fechar os olhos e idealizar meu mundo, cobrindo-o com a minha imaginação e minhas alegrias inexistentes, que consumiram e tornaram-se reais, mesmo que, apenas em meus sonhos!

Quantas palavras serão precisas pra dizer que tudo foi inútil, mas que foi intenso, e é intenso? Quantas palavras serão precisas para dizer e repetir que não é brincadeira, que eu não estou falando por falar, e que jamais diria aos quatros cantos do mundo se uma verdade absoluta não reinasse em meu peito!

Não! Nunca quis me enganar, nem enganá-lo com palavras bonitas, e sentimentos ideais! Não! Eu nunca quis dizer além daquilo que já disse, e não há outro porquê pra continuar lutando, brigando e discutindo com a vida! Não seria tão banal assim viver em um mundo de outros sonhos, outras pessoas, outros lugares, com o meu foco somente pra você! Seria muito egocentrismo! É muito egocentrismo!

Agora que perdi minhas palavras, não jurarei amor eterno, nem sentimentos incríveis, por muito menos uma paixão de novelas, filmes americanos! Diria não muito mais do que já disse, e enfocaria o fato de eu ter me perdido quando, sem querer, o encontrei! Ainda que minhas palavras pareçam clichês, e que meus sentimentos pareçam infantis, a infame culpa deixou de ser minha quando meu amor passou a ser seu!

sábado, 3 de maio de 2008

Orgulho?!

Em vidas inexperientes,

Eleva-se o orgulho.

Orgulho esse que se apossa

Dessas vidas!


-Quantas vidas se perderão por orgulho?


E a caminho de algo

Não específico,

Por persistência da gravidade,

O orgulho se espatifa no chão!


-Agora, andam sobre os destroços de orgulho!


Enfim, vidas percorridas

Temporariamente, ou não,

Levam consigo a dor

E a angustia de viver sob pressão.


-Até a alma se igualar à humildade de errar!

sábado, 5 de abril de 2008

Indiferente a realidade!

Em qual rumo caminha

Uma pessoa desnorteada?

Em quantos passos se chega

Ao fim da estrada?


Por quanto tempo se espera

Para ver o final?

Qual é o tombo de quem vê

Que o fim é igual o ponto inicial?


Com quais palavras

Se deseja um “Até nunca mais”?

Por onde se espalham os sonhos

De quem não viveu jamais?


Por quais estradas

Caminha o ideal?

Por que viver assim

Onde nada me parece normal?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Devaneio

Ouço o que não quero ouvir,
Posto que são palavras vãs!
Dizendo-me como agir,
Em um mundo de pessoas sãs!

Ando pelo mundo,
Indo aonde não quero!
No poço alcançando o fundo
Perdendo o que eu não espero!

Digo sem pensar,
Em tempo de devaneio!
Falta-me um pouco de ar,
E começo a história pelo meio!

Ajo enlouquecidamente,
Perdendo minhas razões!
Não vivo mais claramente,
Obedecendo, agora, as emoções!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Somente

Entre palavras
E pensamentos que nunca planejei!
Entre estradas
E sonhos que ainda não conquistei!

Luto diariamente
Em busca de um lugar!
Aonde a escuridão
Seja única a iluminar!

E vidas vão se passando
Tentando reacender
A chama de um fogo
Que nunca vai arder!

E nas ruas por onde ando
Marcando cada passo,
Perco um limite,
Perco-me no espaço!

E a total
E solitária esperança,
É a que somente
O meu destino trança!