sábado, 4 de maio de 2013

'-'

Oi! Meu nome é Ana e eu sou uma ordinária. Eu costumava ser, apenas, dessas que comem, rezam e bebem – e com ênfase no primeiro e último verbo. Agora, me perco na literatura, me encontro no filme, e acho que sou uma ordinária. Não me casei, não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Em contrapartida, fiz das raízes arrancadas do solo, a esperança de brotar. Eu costumava ser a expressão que acata, e agora voltei a ser o que nunca fui, voltei a ter o que nunca tive: a instabilidade. Não sei de quem é esse rosto que o espelho reflete e, tampouco, o que pode uma criatura entre tantas criaturas, mas insisto nas práticas de cultivar rosas e rimas. Afinal, é como se fosse um precipício: A gente se joga torcendo para que o chão nunca chegue!