sábado, 31 de maio de 2008

Negando uma realidade!

Repeti milhares de vezes a mim mesma que “Não”! Não era certo! Não era justo! Não era pra mim! Não era para eu transformar em realidade o que sempre foi um sonho! Não era direito! Não era verdade! Não era fato...! Enfim, milhares de “Não’s” que realmente não me convenceram!

Certamente eu ouvi várias coisas, de várias pessoas, de vários modos, de variados jeitos de pensar um completamente diferente do outro! Foi quando eu parei de pensar e comecei a viver... O ato de pensar me sufocava a garganta impedindo-me de respirar, e hoje me sinto tão mais leve!

Não há problemas em errar de novo, nem cair várias vezes no mesmo buraco... Problema teria se simplesmente se nessa queda você deixasse, mesmo que sem querer, cair junto a si os sentimentos de alguém!

Afinal, quando a dor é em você, você sabe como controlar, o que fazer, como agir, a quem se apoiar, quando se recuperar, por simplesmente ser você! Quando numa queda sua, você “faz questão” de levar consigo o coração alheio para destroçarem juntos, não se sabe a reação que a pessoa terá, como ela irá suportar, o quanto ela o ama, e nem o que ela pode fazer por tal...!

Por isso, me disse vários “não’s” tentando ocultar a realidade, tentando não nos fazer sofrer! Mas, juro que guardarei seus sentimentos em uma caixa sobre um lugar não muito longe do chão, para caso vir à queda a dor não seja tão grande, e nem tão longe do céu, para que possamos voar por entre as nuvens!

domingo, 25 de maio de 2008

Rendo-me

Rendo-me a ser apenas mais uma em um mundo de tantos outros...! Rendo-me a mim mesma, a você e a todos que venham me abordar querendo trazer mais e mais problemas pra cima de meus pequenos ombros fracos, que mal agüentam a dor de viver! Rendo-me a esse sentimento que me consome, que me prende, que me laça a seu egocentrismo e ao seu gigante ato de simplesmente ser; e raiar, mandar, controlar minha alma, minha vida, meus atos, meu coração!

Desisto aqui de um mundo que queria até então fazer de base aos meus passos, ou de caminho para o meu futuro! Taco meus sonhos para o ar, e aqueles que tiverem força o suficiente para agüentar as conseqüências de lutar por tais, que peguem para si tão lindos sonhos que um dia tive como objetivos, e razão de existir! E desejo toda a sorte do mundo para aqueles que tiverem a coragem de tomar para si tão singelos sonhos e tão poucas, porém, delicadas conquistas.

Aparentemente fraca a aqueles que me olham de longe, distante, não perto. Mas eu mesma sei o quanto foi difícil, o quão grande foi minha luta comigo mesma, para não chorar, não brigar, não discutir, e deixar levar cada vão momento, cada recaída e cada crise que vivenciei... Deixo que meu choro meio que engolido, amarrado na garganta se vá, que venham as lágrimas agora, e o sorriso depois! Deixe que cada lágrima leve consigo a dor de viver, e cada sorriso faça nascer novos sonhos, não mais belos, porém mais reais!

sábado, 24 de maio de 2008

Carta a um amado!

Demorei muito tempo para amadurecer e aceitar a idéia de que te amo, por isso, peço alguns minutos do seu tempo para ler com atenção isso que me custa a escrever, e mostrar um pequeno pedaço do grande todo; do amor que sinto, demonstro, e encaro, enfrento, luto contra e perco, me entristeço, choro, e no fim acabo aceitando-o como um pedaço de mim!

Parece até meio clichê essa idéia de escrever palavras que demonstram sentimento, afinal, banalizaram tanto a palavra “Amor” que me sinto até meio sem rumo, sem verdade, ou melhor, sem conseguir dizer tudo o que eu sinto apenas com essa palavra tão variável e que deveria evitar as demais explicações!

Não há nada igual aos filmes, em mim, que quando me vejo sozinha começo a repentinamente pensar em você, com sua imagem constantemente na minha cabeça. Pensar em você é por muito menos do que isso, é por um simples ato de uma pessoa qualquer, ou um sorriso alheio, um dia de sol, um dia de chuva, um dia nublado, olhar o céu azul, o cair das folhas, o amanhecer, o desabrochar das flores, o entardecer, o escurecer, o sonhar, o andar, o correr, o ver um filme, o cantar, o ouvir uma música, o viver, o amar! Tudo isso faz de mim ser uma eterna caixa de lembranças, sensações e desejo de voltar naquele instante e torná-lo eterno!

Desde então muita coisa mudou... Ainda hoje andei pelo destroço do meu orgulho, esse orgulho meu que deixei voar com o vento que batia na janela, logo quando aceitei em mim esse novo sentimento novo, e quando o vento parou de soprar, meu orgulho que voava alto sofreu as conseqüências da gravidade, que o fez desmontar em pequenos pedaços incontáveis.

Tente me entender, agora que ando com meu orgulho ferido, e meus passos tão sem rumo, não encontro motivos suficientes para deixar-me levar mais uma vez pela angustia de viver, e pela dor de amar, por muito menos do que isso deixar-me-ei guiar pelo silêncio que tanto caminhou comigo. Já que minha pobre dignidade partiu com o tempo e junto ao orgulho que me mantinha de cabeça em pé!

Já em um tempo que vi cobrir minha razão por toda a emoção que faz lindo ou horrível cada momento. Que me faz querer viver eternamente aquele segundo, ou ir me matando dia-a-dia! São pequenos atos que me faz querer ou não fechar os olhos e idealizar meu mundo, cobrindo-o com a minha imaginação e minhas alegrias inexistentes, que consumiram e tornaram-se reais, mesmo que, apenas em meus sonhos!

Quantas palavras serão precisas pra dizer que tudo foi inútil, mas que foi intenso, e é intenso? Quantas palavras serão precisas para dizer e repetir que não é brincadeira, que eu não estou falando por falar, e que jamais diria aos quatros cantos do mundo se uma verdade absoluta não reinasse em meu peito!

Não! Nunca quis me enganar, nem enganá-lo com palavras bonitas, e sentimentos ideais! Não! Eu nunca quis dizer além daquilo que já disse, e não há outro porquê pra continuar lutando, brigando e discutindo com a vida! Não seria tão banal assim viver em um mundo de outros sonhos, outras pessoas, outros lugares, com o meu foco somente pra você! Seria muito egocentrismo! É muito egocentrismo!

Agora que perdi minhas palavras, não jurarei amor eterno, nem sentimentos incríveis, por muito menos uma paixão de novelas, filmes americanos! Diria não muito mais do que já disse, e enfocaria o fato de eu ter me perdido quando, sem querer, o encontrei! Ainda que minhas palavras pareçam clichês, e que meus sentimentos pareçam infantis, a infame culpa deixou de ser minha quando meu amor passou a ser seu!

sábado, 3 de maio de 2008

Orgulho?!

Em vidas inexperientes,

Eleva-se o orgulho.

Orgulho esse que se apossa

Dessas vidas!


-Quantas vidas se perderão por orgulho?


E a caminho de algo

Não específico,

Por persistência da gravidade,

O orgulho se espatifa no chão!


-Agora, andam sobre os destroços de orgulho!


Enfim, vidas percorridas

Temporariamente, ou não,

Levam consigo a dor

E a angustia de viver sob pressão.


-Até a alma se igualar à humildade de errar!