quarta-feira, 25 de julho de 2012

Diante ao novo


                Sento, debruço-me na mesa em frente ao notebook e as palavras saem de mim, como uma ideia antiga que parece não mudar. Ou muda! Não sei... A ideia é a mesma, mas o modo que eu a vejo já não é tão antiga assim. Quero dizer, cada dia eu a vejo diferente! Na verdade, o que eu estou tentando dizer, e... Eu mesma! Em primeira pessoa do singular! Hoje falo por mim, não invento, mas... Chega de divagação! O que eu estou tentando dizer é que, apesar de sempre ver  um mesmo fato, sentimento ou ideia, de uma mesma maneira, o fato, o sentimento e a ideia são os mesmos. Resumindo: O novo me incomoda!

                Ah, meu Deus, e agora? Quer dizer que viverei em um passado para sempre? Não. É  ilógico. Divaguei até agora para dizer que, apesar do meu medo do novo, eu estou aqui: debruçada na mesa diante ao computador, no entanto, com meu peito aberto para o que é novo. Digo, não é só porque tenho sentimentos bons pelo passado, que eu vá me prender a ele; e nem porque estou aberta para o que há de vir, eu hei de limitar o amor que ainda sinto.

                Estou aberta a pessoas que me façam bem e que respeitem aqueles que  já me faziam antes, e ainda fazem, e vão fazer. Estou aberta, completamente nua de medos, e essa minha nudez está coberta de esperança e sonhos. Sou livre e me vejo livre para novas coisas com pessoas que a mim pertencem há muito tempo, e sou livre, mas não tanto, para conhecer pessoas.

                O novo me incomoda, porque quem tem vindo por último, tem me mostrado um tipo de mundo que eu não vivo, que eu bloqueio. E tem me mostrado um tipo de pessoa que eu não quero, que eu não gosto, e que me fecho.