sábado, 25 de junho de 2011

Por Quinta.

E tudo o que eu posso dizer, não será dito! Não pela simples imaturidade das experiências, ou dos sentimentos, mas pela ausência de palavras que se fariam suficientes para expressar o que eu poderia dizer! O clichê chega, bate a porta, e torna-se comum: É a falta de boas palavras. No mais, prefiro o silêncio que diz que quero bem, do que o pressuposto de uma sabedoria vã, e repassada nas sarjetas das ruas que cruzam nossos e outros caminhos.

Ah! Se pudesse dizer como me sinto quando me sinto... Porque, por vezes, só sinto você!

domingo, 12 de junho de 2011

Meu mundo contraditório

... Quem dera se eu pudesse tocar as nuvens, e senti-las algodão! No meu mundo, assim, a aparência fofa delas no céu, não seria apenas algo que se perde por entre os dedos. O que parece seria, e seria tudo o que parece! Não por si só, mas por só e por fim. Na finalidade, não pela realidade utópica que se cria ao redor de uma verdade mística e irreal! Por mais que esse mundo de algodão seja inventado, não sairá dos meus sonhos... Incompatível é trazer a irrealidade para o mundo concreto de sonhos limitados!

No meu mundo, não serei quem sou, porque me dói. Serei o outro, o que me vê, o que me julga! Serei quem, friamente, fura meus olhos e acerta minhas costas. Rirei dos defeitos dessa que lhes escreve, como se não os tivesse, também! Amaldiçoarei os sonhos, arranjarei defeitos, e assim, entenderei a graça de me desgraçar!

E quando, por fim, consegui voltar ao mundo real de pessoas com atitudes desinteressantes e fatos estúpidos, entenderei o por que: por que engraçado menosprezar quem lhe quer bem; por que é importante julgar os outros; por que, por fim, não pode usar da simpatia para conquistar pessoas e tem que se reservar em mundo pequeno e intocável.

sábado, 11 de junho de 2011

Tempo verbal

Estive pensando no sonho profundo,
eliminando partes do todo, do mundo!
Onde estão, então, aqueles, aquelas,
e os outros pronomes, definidos ou não?
Estão parados, cansados... Esperando a quem?
Esperando o quê? Esperando onde?
Esperando a morte? Esperando a sorte?
Então quem? Então quando? Então, por quê?
Porquê?
Acreditam no passado que modificaram,
No futuro que criaram, no presente que não existe!
Não convém existir, porque a realidade dói,
Porque o medo vence, porque o sonho tece!
Então falamos! Quem fala? Para quem fala? De quem fala?
Eu falo; para quem quer ouvir, ou finge ouvir;
e falo do passado inventado e do futuro criado.
E o presente? Esse não convém existir!