... Quem dera se eu pudesse tocar as nuvens, e senti-las algodão! No meu mundo, assim, a aparência fofa delas no céu, não seria apenas algo que se perde por entre os dedos. O que parece seria, e seria tudo o que parece! Não por si só, mas por só e por fim. Na finalidade, não pela realidade utópica que se cria ao redor de uma verdade mística e irreal! Por mais que esse mundo de algodão seja inventado, não sairá dos meus sonhos... Incompatível é trazer a irrealidade para o mundo concreto de sonhos limitados!
No meu mundo, não serei quem sou, porque me dói. Serei o outro, o que me vê, o que me julga! Serei quem, friamente, fura meus olhos e acerta minhas costas. Rirei dos defeitos dessa que lhes escreve, como se não os tivesse, também! Amaldiçoarei os sonhos, arranjarei defeitos, e assim, entenderei a graça de me desgraçar!
E quando, por fim, consegui voltar ao mundo real de pessoas com atitudes desinteressantes e fatos estúpidos, entenderei o por que: por que engraçado menosprezar quem lhe quer bem; por que é importante julgar os outros; por que, por fim, não pode usar da simpatia para conquistar pessoas e tem que se reservar em mundo pequeno e intocável.
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