quarta-feira, 18 de agosto de 2010

... Cortinas fechadas!

Não sei por onde passa, quando passa, e quem tem a sorte de ver passar! Eu sei que passa, mas passa! Eu nunca a vi por aqui, e quando a vejo, no meu leve piscar de olhos, que tanto evito, já é o suficiente para não ver mais. Não é o fato de não querer ver, é o fato de não poder ver.
Taparam meus olhos, prenderam-me na mais sem vontade de viver, e ver o dia raiar. Minha cortina fica fechada para o mundo, e eu nem sei quando e onde ele volteia. Minha cortina fica fechada para o sol, nunca sei se é dia ou noite na minha escuridão!
Fechei-me ao mundo, do mundo, do meu mundo. Vejo a poeira baixa pelo meu quarto, a imensa saudade de algo que não existiu, e a lembrança farta de todas as esperanças que renascem de uma cinza que ainda queima.
Basta-me o tempo, ao tempo, em tempo. Não quero divagar ao mundo, não me quero divulgar ao mundo. Quero-me antes de querer o outro. Mas o outro ainda atrai o ‘me’, e me leva de mim.

domingo, 15 de agosto de 2010

O não poder saber

... Por onde passa você, que não te vejo aqui?
Dentro, ao menos, a vejo refletindo como luz em meus olhos!
Dentro, assim, a vejo expandindo e tomando como parte de mim!

E todas as partes, me completam, e me torna o melhor que posso ser!
Das verdades escondidas, a incoerência de não poder ter!
A inconstância de não poder saber!

Por onde passa você, que não te vejo cruzar pelo meu caminho?
Passa pela água, pelo vento, por entre o sol, pelo moinho?
Deixe-me abraçar e me sentir abraçada, em um mundo particular!

Particular restrito na minha incerteza sobre a certeza, que tudo dará certo...
Que a distância é detalhe, que o tempo é professor, e os sonhos...
Sim... Os sonhos são quem alimenta a certeza da incerteza!