sexta-feira, 14 de junho de 2013

... Não é tarde!

Era tarde... Aliás, era cedo! E não porque já era quase manhã, mas porque era cedo demais para florir... mal acabara o inverno! Mas, nunca se sabe quando dois olhos se cruzarão, duas mãos se unirão e duas pessoas se implicarão para... Bom! Não sei para quê! E aí, quando isso acontecer, o inverno ficará menos frio, os botões de flores parecerão toda a primavera, e as músicas melodramáticas farão sentido. A única coisa que não faz sentido é tudo isso! Afinal, qual é o verdadeiro sentido de atribuir uma pessoa a nossa música favorita? Depois a paixão acaba, a pessoa te trai e a música, junto a raiva, ficam!

Não importa! Já disse Fernando Pessoa "Todas as cartas de amor são/ Ridículas.
(...)Mas, afinal,/ Só as criaturas que nunca escreveram/ Cartas de amor/ É que são/ Ridículas."Então, mesmo sabendo dos riscos de ser machucado, a gente cobre os olhos, descobre o coração e descobre a beleza da vida - não a relevância constante que damos a coisas que não o são, mas essa que deixa um sorriso bobo no canto da boca.

... Era cedo e ainda o é! Nunca é tarde para aderir sentimentalidades em poemas de Vinícius de Moraes, nem para se emocionar ouvindo músicas clichês que acreditamos terem sido feitas para nós, tampouco para nos emocionarmos com uma visita inesperada em uma tarde que terça feira. Não, não é tarde! É simétrico.


segunda-feira, 10 de junho de 2013

Prioridades

... Quem e o que é realmente importante na vida? Em primeiro momento, a resposta parece ser fácil e, estabelecer uma ordem para as relevâncias sai como frase feita, pensaríamos em família, amigos, amores, vícios... No entanto, dentro das importâncias citadas, como classificá-las em suas especificidades? Enquanto podemos classificar de forma abrangente, é simples: Amor é o que temos de mais importante. Tudo bem, aceito como verdade por também considerar, mas o amor é tão vasto e tudo parece estar tão intermitentemente ligado a ele!  Amo minha família, meus amigos e, se são vícios, é porque amo o que o faço para sê-lo, seja beber, fumar, jogar videogames, comer, ou qualquer outro verbo que expresse ação.

E quando temos que escolher entre a pessoa que estamos ficando ou namorando e um amigo? Entre ir ver os pais ou passar à tarde em um churrasco bebendo com a galera? Entre beber aquela cerveja ou estudar? Entre entrar de dieta ou  passar a tarde comendo doces e vendo filme? Quando temos que sermos mais específicos quanto as nossas prioridades e as nossas necessidades, tudo se torna mais agonizante, e deixamos de usar somente nossas emoções e passamos a utilizar nossas razões. Mas... E quando nossas emoções falam mais alto e deixamos de seguir o que deveríamos, por razões lógicas, e seguimos por onde sabemos que dará errado, mas é o que queremos naquele momento?


Não estou aqui pra fazer uma lista com as nossas dez prioridades, muito menos com as sessenta e quatro coisas pra se fazer antes de morrer, ou antes de sair da faculdade, ou antes do diabo a quatro (acho que cada um é autossuficiente o bastante pra estabelecer o que se tem que fazer, sem listinhas alheias, as pessoas são diferentes, logo, suas necessidades também).  Tampouco pra dizer que fazer a dieta é melhor do que passar a tarde comendo doces, já que temos que nos precaver por questões de saúde, beleza e afins! Talvez eu só esteja pra levantar essas perguntas que eu mesma não tenho resposta, para que eu me force a pensar e reestabelecer, agora conscientemente, minhas prioridades, meus intuitos, minha vida. Talvez sejamos bonecos nas mãos do nossos instantes.