sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dores do mundo

Queria deitar na minha tristeza, e deixar abafar o som que vem de fora pra dentro... Que atinge em mim o mais obscuro espaço sem ar! Deixe eu dizer que eu errei, e que tudo o que tenho feito ao longo da minha vida são erros impoerdoáveis que eu não posso digerir.

... Deixe eu respirar essa angustia; deixe cicatrizar minha ferida exposta; deixe eu lavar minha alma com a água que vem da correnteza... Posso cair na correnteza e ser levada, só pra sair dos meus planos...

Minha alma despida; meu soluço ecoando; meu céu se partindo; meu chão desmoronando... Não posso voar, e afundar é o que me resta... Vou, mas eu volto com a alma lavada, com o sorriso aguçado, com o olhar brilhando e com os sonhos renovados.

Vou.. Caio, mas eu volto! Volto com os braços fortes e com a cabeça leve... Com os sonhos novos, com a realidade diferente do passado, e construindo o meu presente...

Vou, mas volto.. Não para o mesmo lugar; não para as mesmas pessoas; não para as mesmas dores... As dores do parto. Pois a cada dia, eu parto o meu mundo!

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