Era o verde da grama contrastado
com o cinza de uma chuva que não veio. Mais adiante, uma fonte jorrava, de
vários cantos, uma água que trazia a mim um nítido arco-íris, para completar as
cores ausentes no dia. Dentre as pessoas que faziam figuração a um dia tão acinzentado
quanto o céu, uma sensação de paz se
acerca: Quanto dura um instante perpetuado na retina?
Entreguei-me, ainda que de longe,
a sensação de um florescer, sentido e quase tocado naquela energia. Não me contive e
quebrei todos os tipos de distâncias existentes entre um passo e outro. Em
minha pequenez, apenas dispus, em um único adjetivo, tudo o que quis dizer sobre
ela e, assim, essa minha sensação teve o ego todo arco-íris provido de um sorriso recebido como resposta, que guardo na memória dos meus eternizados momentos: Quanto dura essa leveza de
ser que uma espontaneidade estimulou a me fazer sentir?
Agora, tenho em mim os abraços
guardados na íris e o sorriso dela guardado no meu. Exponho-os nos meus olhares
e no meu riso, mas não os deixo que se desfaçam assim como se desfaz o ato de
viver um momento, mostro-os para que saibam que, também, deixei que a paz viva em
mim!
Um comentário:
Tive a honra de testemunhar tal momento. Infelizmente, não o vi assim: a poesia esta mesmo nos olhos de quem escreveu...
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