domingo, 11 de novembro de 2012

A fotografia


Era o verde da grama contrastado com o cinza de uma chuva que não veio. Mais adiante, uma fonte jorrava, de vários cantos, uma água que trazia a mim um nítido arco-íris, para completar as cores ausentes no dia. Dentre as pessoas que faziam figuração a um dia tão acinzentado quanto o céu,  uma sensação de paz se acerca: Quanto dura um instante perpetuado na retina?

Entreguei-me, ainda que de longe, a sensação de um florescer, sentido e quase tocado naquela energia. Não me contive e quebrei todos os tipos de distâncias existentes entre um passo e outro. Em minha pequenez, apenas dispus, em um único adjetivo, tudo o que quis dizer sobre ela e, assim, essa minha sensação teve o ego todo arco-íris provido de um sorriso recebido como resposta, que guardo na memória dos meus eternizados momentos: Quanto dura essa leveza de ser que uma espontaneidade estimulou a me fazer sentir?

Agora, tenho em mim os abraços guardados na íris e o sorriso dela guardado no meu. Exponho-os nos meus olhares e no meu riso, mas não os deixo que se desfaçam assim como se desfaz o ato de viver um momento, mostro-os para que saibam que, também, deixei que a paz viva em mim!


Um comentário:

shooot disse...

Tive a honra de testemunhar tal momento. Infelizmente, não o vi assim: a poesia esta mesmo nos olhos de quem escreveu...