Tão certo essa espera de algo que
parece nunca mais chegar. Seja a semana toda ao aguardo pelo fim de semana, ou,
ainda, a espera de um regime que nunca começa nas segundas-feiras. A incansável espera pelo carnaval, natal ou
para o ano novo, com aquelas promessas mirabolantes que, com certeza, dariam
uma reviravolta na vida de qualquer um, se as pessoas, simplesmente, as
cumprissem.
A espera por passar no vestibular;
por começar um curso, mesmo que esse
seja um tapa na cara do cidadão que esperava se livrar de alguns tipos de
pessoas, e mal se sabe que todos, maduros e imaturos, podem cursar uma
faculdade.
Esperar o almoço ficar pronto,
esperar o sinal do intervalo, aquele nervoso dos cinco segundos de silêncio
daquele que deveria responder “Sim” a um pedido de namoro. Esperar uma ligação pra uma entrevista de
emprego, a pizza que demoraria trinte minutos pra chegar mas já se passaram
quarenta. Esperar com que a vida passe e que se amadureça.
Mas, a incerteza da resposta é a
pior espera que se tem. Esperar o talvez vão, é deixar com que corroa as
esperanças, como traças corroendo sua casa, corroendo sua segurança. É esperar
a surpresa, nessa quebra de tautologia. É não saber se senta esperando ou se
abre a janela e saia da caverna da esperança.
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