Rodiar-se de si, e saber que o mundo não é um aquário...
Ilimitar-se na terrível ilusão de uma vida ilimitada.
E ainda assim, ter a certeza de que há um começo e um fim,
como certo e incerto simultaneamente.
As águas que vêm, são as mesmas águas que vão,
tão repletas de si, tão completas e complexas...
... Tão cheias de experiência e ilusão,
Tão intensas, e vivas, e sobrecarregadas de vivências.
... E que a incerteza seja algo plano no limite do que é certo;
E que as paredes de vidro, que fazem estrutura ao aquário belo,
que se esconde na sala, seja a janela do mundo...
... Pois, não é simples ser, limitado, peixe.
Um comentário:
"E que as paredes de vidro, que fazem estrutura ao aquário belo, que se esconde na sala, seja a janela do mundo..."
Me causa desassossego limitações, principalmente quando viro meu vidro (ausente de mim). Saber que há possibilidade de janela é talvez uma felicidade efêmera.
Tão sutil com as palavras...lindo!
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