sábado, 13 de junho de 2009

Momento de crise alegre

Posso seguir sem destino, sem caminho, sem ninguém. Sem vontade, sem alegria, sem magia, nada além. Deixo que o mundo chegue e se aproxime sem dizer bom dia; boa tarde, um cumprimento qualquer. Aconchego-o em meus braços, e quando as nuvens se aproximam tapando minha visão, ele foge; vira as costas e eu caio em contradição. Não quero a felicidade de quem vive um grande amor; ou de quem vive exaustivamente uma grande paixão, quero algo pleno que me faça sentir a felicidade gradativa, para que a felicidade seja gradativa, e não que o próximo passo seja o chão. Quero chegar ao auge na mais pura sintonia, e chorar da mais simples alegria, e viver do mais tranqüilo êxtase incoerente. Rir da vida, chorar como demente. Acordar pela manhã, logo cedo e ver raiar o dia, e quando os primeiros raios aparecerem ir dormir de novo, e esperar mais um momento espontâneo de ironia. Deixe-me, grito sem elos ao mundo, pois quando me ouvir novamente, a minha vida vai estar diferente.

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