segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sobre curso e faculdade


Dentre todas as minhas decisões, as mais importantes sempre tiveram influência do meio. Talvez, algumas dessas escolhas, hoje eu acredite que não façam tanta diferença em onde estou. Mas, outras são tão significativas a ponto de desestruturar qualquer base emocional, se eu não me senti forte e confiante o suficiente. Entretanto, tomada cada decisão, tento mantê-las firmes e sólidas dentro de mim.
Todo mundo sabe que eu me apaixonei loucamente pelo meu professor de literatura no ensino médio, era um amor platônico e bobo, mas, mesmo assim, era  MEU amor platônico e bobo. E sim, talvez isso tenha mudado o rumo da minha escolha profissional. Todo mundo sabe que eu prestei uma faculdade no rumo de Brasília, e a mais perto que pude encontrar, em curto espaço de tempo, por uma paixão, que perdurou, ardeu e acabou.

Mas, escolhido o curso e o lugar, digo que me sinto plena e feliz (mesmo que às vezes, e só às vezes, eu tenha uma vontade louca de fugir para longe, e mudar de curso). Tenho amigos lindos, quanto a isso, nunca vou reclamar com Deus; posso reclamar de amores, desamores, ilusões, jogos, mas, ah! Meus amigos são lindos! Enfim!

Fora tudo isso, sempre fui consciente que meu futuro será esse: Ganharei mal, serei desprezada por pais, alunos e, talvez, por professores já experientes e fartos de trabalhar, e, por fim, não conseguirei passar tudo o que quero passar, com todo o amor que eu sinto pela literatura, para essas crianças que não querem ouvir.
Mas, de tudo, sempre quis salvar algumas pessoas de alguma coisa. Ser a heroína mesmo, por que não? Porque também me foi fadado a sonhar! E se eu o posso, eu o quero, eu o farei! Talvez eu não queira dar aula em escola particular, onde eu vou ganhar melhor, e meus alunos vão andar de Nike, achando que são mais importantes porque pagam meu salário; também não quero dar aula em escola pública, nem de periferia, onde os alunos vão querer riscar o meu carro que eu parcelei em 72 vezes, nem de classe média, onde os alunos não tem dinheiro pra comprar livro, mas tem dinheiro pra comprar celular, iphone, I o diabo a quatro. Eu quero dar aula pra quem quer ouvir! E eu o vou. E não me importar com o acordar cedo ou o andar pra caramba pra chegar, mas que quando eu chegar eu seja recebida com um sorriso no rosto. Talvez meus sonhos sejam bobos, mas na escola que eu vou trabalhar, eu quero alunos que sejam tão sensíveis ao que for passado, quanto à literatura que quero ensinar. 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Post de segunda-feira


Você planeja toda a sua semana, durante um domingo a noite, ainda com um fio de animação, porque, simplesmente, a vida continua nas segundas-feras: Não adiantaria o mau humor, não adiantaria a raiva contra o mundo, tampouco indignar-se com frases clichês que se compartilha no facebook. Mas, a segunda chega, e não por causa dela, você acorda assim, como se nada fizesse sentido, e sua vida tivesse se desnorteado completamente, com um ponto relevante nisso tudo: sem motivos. Você acordou assim e pronto! Não tem mãe que anime, férias que acalme, sonhos que baste. Não tem motivo e também não tem vontade. Você se pega pensando nas escolhas que fez, nas escolhas que faz, no mundo que criou em volta de si. E tudo o que você queria, mesmo, era ter aquela disposição pra estudar pro exame que é na sexta, pra corrigir o tcc que, também, é pra sexta, e pra, enfim, começar a caminhar e fazer outra atividade física pra pagar a promessa que você vem se fazendo desde os 15 anos, que é de começar o regime na segunda!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Do amor!


Do caminho da faculdade até em casa, eu ouvi Tulipa Ruiz cantando “Devo lhe dizer que a vida curta, que eu amei você, amei sem culpa!”. Eu acho bonito esse amor sem culpa, sem medo. E o amor, no fim, não é quase que um instinto? Se eu, institivamente, amo meus amigos por sê-los quem são e ter a relevância que têm, e amo meus pais. E amo, também, o que não é humano ou o que não tem vida, como as noites chuvosas repletas de trovões, ou uma música que ponho pra repetir quinze vezes, já que ela fala exatamente sobre o que eu sinto, ou, ainda, como eu amo saber que sempre há um dom de amar de novo. E esse amor que ocorre de novo, não aos amigos, família ou situações e objetos, mas amar a alguém que apareceu quando outro fez parecer que esse sentimento tão bonito, fosse banal. A beleza está nisso, ele não o é!

O amor então é uma construção? A gente constrói, teoricamente a quatro mãos e dois corações dispostos. Mas, depois de um tempo ele morre? Com o cair das folhas do calendário, então, as pessoas se acomodam a um outro alguém, a um fim de semana de filmes, sem suspense, sem surpresa? Então o amor vira carinho? Vira rotina? E se se rompe, sente-se falta, porque o amor era isso? Um resto de vida? Um resto de si? E, afinal, não é o comodismo que mata o amor? Ou a gente mesmo que o mata? O mata por não saber mais o que fazer com aquilo que está dentro da gente. E, já que é mutável, uma constante troca de lugares, quando se mata a algum sentimento, ele não tendo para onde ir, a não ser para fora, para um outro alguém, parte.