Sabia que a manhã seria a mesma de todos os dias que prosseguiam, mas um dia, assim como sempre fora, a dor cessaria, o medo acabaria, a desilusão se iludiria novamente; e tudo voltaria ao normal. Ela se apaixonará em outro tempo, se encantará, e com o passar do relacionamento se esgotará (se houver relacionamento).
Essa era Ana. A mulher que morria e nascia da solidão, do medo, da angustia, do desespero, do amor, da paixão, da vida. A vida que levava, que trazia, que recolhia seus pedaços, juntava, quebrava-os, desmontava, unia. E nada poderia fazê-los constantes... A constância de Ana era a inconstância que lhe dava vida, novas vidas.
Ana, hoje abriu os olhos, levantou da cama, e soube que o dia seria diferente. Por hoje, Ana não morria... Ana nascia! Nascia Ana, e nascia em Ana a esperança de um amanhã, de um talvez amanhã.
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