segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Concreto!

Aos poucos tudo o que me fazia um completo sentido para que me sentisse completa, foi-se perdendo de mim, tornando irrelevante. Não tenho tristeza por não ter a isso meu completo carinho e atenção, entristeço-me por não me incomodar com a minha falta de interesse ao que até então me fazia pulsante e viva!

Talvez as noites frias sem braços que me esquentassem, me tornou fria tanto quanto; talvez eu já não seja mais a menina dos olhos, nem a garota dos sonhos impossíveis que luta com todas as forças para conquistar o inalcançável! E hoje o que é verdadeiramente ou poderá ser concreto me faça brilhar os olhos mais do que um simples sonho de uma utopia pleonasticamente idealizada.

Não almejo os céus; nem busco demasiadamente o cume da existência. Perco minha boa vontade, minha boa fé; mas não perco meu chão, que é concreto e sólido o bastante para suportar minhas passadas e o peso do mundo que carrego nos ombros.

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