sábado, 2 de janeiro de 2010

... Como de costume

É noite como de costume; como é diário; como é normal! Não há som algum lá fora que me remata a calma e a paz que anseio. Não há nada tão mais caloroso do que esse dia quente e infernal que me toma em seus braços coberto de angustia e solidão!
Torno-me uma outro pessoa hoje. Coberta com uma dor insolúvel, sobressaltando lágrimas que tomaram vida e expressão e resolveram avassalar meu olhos úmidos e inchados! Caminho com verdades alheias, temendo minha própria verdade; e busco aos demais, com a severidade que temo e preciso buscar a mim mesma.
Ao alcance dos meu olhos vejo o além do além! Vejo os que vêm, vejo o que tem, vejo a verdade inexistente em tempos de crise sentimental, existencial e mundana. Passerei a passar com passos de pessoas passionais, apenas pra sentir o som emitido na passada!
E assim, caminharei com a cabeça erguida e leve, tão leve quanto as águas que me tomam e me leva daqui para o mundo; para um mundo desconhecido e inventado, quase surrea; quase inacreditável... Quase apalpável, de tão perfeito que seria; de tão real que me cairia.
Sobretudo, essa vontade de mudança; essa sede pelo novo; essa essencia que faz reluzir os olhos e sobressaltar uma grande e inovadora vontade que faz temer, mas que faz lutar. Uma vontade que vem de dentro e pulsa para fora, buscando verdades que venham de fora e que venham para dentro.

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