Senhor, grito!
Traga-me uma bebida forte e sem gelo!
Traga-me fórmulas secretas, discretas,
Todas escritas em linhas retas,
Que me deixem sabendo de uma verdade tola
E inventada!
E que a bebida me faça esquecer
Da insana vida que tenho levado...
E levo, levo, levo...
Nem sei por onde,
Não sei para onde,
Nem sei por quê!
Mas levo, levo e levo
Como se tudo fosse tão distante,
Meus olhos ao longe, me fazem ver
Que apenas levo, a não tão leve
Vida que venho a ter!
Eu disse: venham!
Mas não vieram!
Eu disse: cantem!
E não cantaram!
Eu disse: Amem!
E não amaram!
E não restou mais nada além de uma verdade inventada!
De músicas clichês,
Pessoas sem rg’s
E tempos sem amor!
Quis dizer que não!
Quis dizer: Senhor, onde colocara minha bebida?
Que por agora tenho minha garganta seca,
Meus dedos imóveis,
Meu coração tão desesperado, acelerado,
Isolado dos demais!
Digo que quero me esquecer do passado que perturba,
Dos sonhos que não chegam nunca,
E da vida que nunca tive, mas pensei em ter!
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