domingo, 13 de março de 2011

Brilho das estrelas

Teve medo, apoiou a cabeça na parede enquanto seus olhos se perdiam pelo escuro da noite. Fingia que não enxergava as luzes acesas, fingia que não enxergava o medo de continuar. Entretinha-se na angustia, se perdia no vazio e nunca mais se encontrou.

Acendeu seu cigarro, retomou suas preces, quase pode sentir uma pontinha de esperança, no entanto, essa que quase teve vida foi destruída pelo fogo do cigarro aceso, queimado, estraçalhado, como simples ilusão.

Encostou a palma da mão toda no chão, levantou-se, olhou o tanto quanto poderia enxergar das estrelas, mas as nuvens sempre vinham cobrir o brilho que elas traziam.

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