Chorava lágrimas tristes de uma vida medíocre, sem infância e sem amor! Chorava lágrimas de desespero, pela emboscada do ódio pelo tédio! Exausta, chorava um choro de criança, que o doce que comia, fora roubado! Lacrimejava lágrimas de um choro, por chorar sua existência, sem ao menos ter vivido!
Exausta, hoje Marina não fora ao trabalho! Com o gosto insosso da vida marcado na boca, enjoada, também não se alimentou durante o longo do dia! O desespero percorria suas veias, sobrepondo sua euforia cansada, marcada pelo tédio que alimentava sua alma, por isso, hoje, Marina também não se levantou! E assim, permaneceu intacta ao longo do dia, dia que ela não viu!
Deitada no escuro, com os olhos abertos... Ou fechados? Não dava para saber! Não sabia se o escuro era do ambiente ou simplesmente por manter os olhos fechados! A situação era desproporcional a ter tal conhecimento sobre si mesma!
Hoje o dia veio sem que ao menos Marina pudesse vê-lo! As lágrimas ofuscaram o brilho da manhã, e não mais do que de repente, o escuro mortal, que matou a vida de Marina, sem que ao menos ela pudesse ter vivido em meio a sua sobrevivência, surgiu...!
Assim foi que tudo aconteceu! A noite veio, e o escuro que surgiu nunca mais teve um fim, e assim, Marina não pode mais ver o amanhecer...!