Hoje fiquei com uma extrema vontade de fugir,
Assim, como fazia quando era criança!
Jurava nunca mais voltar, rodeava o quarteirão
E abria o portão escondida, para não fazer barulho!
A significativa diferença, é que antes eu fugia
De outros, e hoje: de mim mesma!
Como se hoje fosse eterno, e amanhã distante.
Meus sentimentos uniram-se a minha consciência,
Para me reprimirem, e nem me esquivar pude!
Nem sofrer sozinha, deixaram!
E nem apreciar a dor de perder
Um grande mentecapto fui capaz!
Às vezes nem eu me agüento,
E me incomodo com a minha presença,
Esquivando-me de pensar, com medo de ouvir!
E tem vezes que meus sonhos são tão reais,
Que me perco na fantasia e me encontro aqui,
Na realidade, ouvindo o que meus sonhos têm a dizer!