Oi!
Meu nome é Ana e eu sou uma ordinária. Eu costumava ser, apenas, dessas que
comem, rezam e bebem – e com ênfase no primeiro e último verbo. Agora, me perco
na literatura, me encontro no filme, e acho que sou uma ordinária. Não me
casei, não tive filhos, não transmiti a
nenhuma criatura o legado da nossa miséria. Em contrapartida, fiz das
raízes arrancadas do solo, a esperança de brotar. Eu costumava ser a expressão que
acata, e agora voltei a ser o que nunca
fui, voltei a ter o que nunca tive: a instabilidade. Não sei de quem é esse
rosto que o espelho reflete e, tampouco, o
que pode uma criatura entre tantas criaturas, mas insisto nas práticas de
cultivar rosas e rimas. Afinal, é
como se fosse um precipício: A gente se joga torcendo para que o chão nunca
chegue!