quarta-feira, 11 de abril de 2012

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Agora eu sei o que se faz quando o sonho projeta vida no real, e faz balança do que é viver e o que se pensava que fosse. Sei que não há pote de ouro no fim do arco-íris, mas que o caminho é tão bonito entre as cores, que faz delírios ao neutro. Sei dos sonhos, das flores, dos medos... E sei que não há sonhos sem medo de que as flores murchem e terminem com a primavera... Há em mim, algo primaveril, em que nem o medo faz as rosas cessarem! E aqui, disposta a mim, dispo-me do mundo externo, sou toda construída, imaginada!

Não nomeio mais nada, sinto! E sinto porque não há modo mais intenso de se viver. Sinto o essencial aqui tão perto, aqui tão meu! Desconheço palavras, gestos ou expressões pra dizer que, enfim, me acerco bem! Em paz com a realidade!

Entrelaço nossos dedos, e já não me tenho mais! Nos cruzamos, me perco e, por fim, sou sua.